Frei Salvador (Hermínio Pinzetta), nasceu em Casca, no dia 29 de julho de 1911, filho de Fiorentino e Isabela Romani Pinzetta. Ingressou na Ordem dos Capuchinhos aos 32 anos. Professou, como irmão religioso, em 1946 e faleceu no dia 31 de maio de 1972, de derrame cerebral, às vésperas de Corpus Christi, fato que associa sua romaria à grande festa religiosa até os dias de hoje.

Conforme relato de dom Ângelo, Frei Salvador não fez nada de extraordinário. O extraordinário dele é que ele foi o “santo do quotidiano”. A vida de Frei Salvador pode ser dividida em três tempos: 1) Familiar: 32 anos; 2) Religioso (capuchinho): 26 anos; 3) E apostólico: 2 anos. Durante os três tempos, Frei Salvador foi sempre o mesmo: homem de oração e de trabalho. Modelo de oração e de trabalho, a partir da fé na Eucaristia e da devoção a Maria Santíssima. A partir disto, era simples, de uma simplicidade encantadora e transparente; era humilde, de uma humildade comovente: andava sempre de olhos baixos; era extremamente caridoso, não falava mal de ninguém; via bem em tudo e em todos; era sempre paciente, mesmo quando provocado; sempre alegre, com permanente sorriso modesto nos lábios; sempre obediente, também diante das mudanças pós-conciliares.

Nos últimos dois anos de vida (tempo apostólico), Frei Salvador foi Ministro Extraordinário da Eucaristia (primeiro da diocese de Caxias), a fim de atender doentes no hospital, mas especialmente nas famílias. Então, sua fama de santidade se tornou pública, notória e admirada. Por tudo isto, Frei Salvador foi o “protótipo de educador” na Província: Educador pelo testemunho de vida. Viveu toda sua vida religiosa em casas de formação de frades: dois anos em Garibaldi e 24 anos em Flores da Cunha, na casa de noviciado. Por tudo isto, a Causa de Beatificação de Frei Salvador é muito simples, como ele. Em todo processo não há nenhuma contradição. Não há depoimentos contraditórios. Frei Salvador é uma unanimidade: ele amava a todos e era amado por todos.