BIOGRAFIA
Eucaristia
Hermínio recebeu Cristo Eucarístico na capela de Santo Antônio do Trinta, em março de 1923. Em jejum, como era costume, os comungantes dirigiram-se com felicidade e entusiasmo à capela. O Padre Aneto Bogni e a comunidade os acolheram com grande alegria. O ambiente era festivo, de muito fervor e devoção. Aproximaram-se à mesa da comunhão para receber o Corpo e Sangue de Cristo como lhes havia explicado o catequista Luigi. Ao ressoar os cânticos eucarísticos, “a hora de concentrar-se para acolher o Senhor e conversar com Ele”, chegou a Hermínio. Aquele dia foi marcante a todos.
Daquele momento em diante, Hermínio continuou participando da Ceia do Senhor e do sacramento da Reconciliação, sempre firme e forte, sem jamais esmorecer. Rinaldo testemunha que ao aproximar-se da mesa da Comunhão seu irmão chegava a tremer. Imaginou que fosse de acanhamento, vergonha do padre. Mas, era por um sentimento de reverência de quem se sente indigno de receber em Comunhão aquele que é o Criador do universo. Mais tarde, Hermínio diria: “Deus é tudo, nós somos nada.”.
Os sinos da capela “Tre Campane” tocaram no dia 28 de julho de 1923, por ocasião da morte de Luigi Pinzetta, com 76 anos. O nono foi uma figura marcante e primordial na vida de Hermínio, devido ao testemunho de sua fé, a alegria de viver e a coragem perante as dificuldades e obstáculos. Com a morte de Luigi, Fiorentino, pai de Hermínio, assumiu a missão de catequista. Continuou a preparação para o sacramento do Crisma dos próprios filhos, Levínia, Hermínio e Rinaldo e de outros catequizandos. O arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom João Becker administrou o Crisma na capela Santo Antônio do Trinta, no dia 13 de outubro de 1924 e Rinaldo foi um dos crismados. Já no dia 14 de outubro de 1924, na Igreja São Luiz Gonzaga de Casca, o arcebispo crismou Hermínio, na época com 13 anos, sendo padrinho Jacob Corso.